Poeta Exagerado (Rock)
Nessa vida, ser poeta eu aprendi,
Ávida, ela veio me consumir.
Me jogou no abismo das palavras,
E eu mergulhei...
Sem colete, sem freio, sem fim.
Não sonhei virar artista,
Fui escrito pelo acaso,
Um ego em chamas,
Um coração sem prazo.
Cantei a mim mesmo,
Como se fosse outro ser.
E chorei sorrindo —
Sem saber por quê.
Sou poeta sem métrica,
Exagerado em drama,
Eu me exponho na letra,
Me despejo na cama.
Essa vida me leva,
Ou talvez eu que levo demais...
Sou um poeta incontrolável,
Viciado em temporais!
Me diz, estrela cadente:
Quanto tempo ainda arde a gente?
Quanto vale uma dor verdadeira
Num país de alma indiferente?
Nunca fui rascunho de ninguém,
Meus defeitos são originais.
Eu amo errado, escrevo torto,
Mas falo de amor...
De um jeito que dói nos canais.
A solidão me beija com batom vermelho,
E eu danço com ela até amanhecer.
Não peço desculpas por sentir demais —
É meu jeito insano de viver.
Sou poeta sem regra,
Escrevo gritando,
Eu me rendo ao caos
Com charme profano.
Essa vida me leva,
Mas eu também sou furacão!
Um poeta incontrolável,
Cantando a própria confissão!
Vou deixar a vida me levar...
Antes que o tempo me cale...
Sou exagero em carne e osso,
Poeta — sem manual, sem vale...
Um poeta incontrolável,
Cantando a própria confissão!
Vou deixar a vida me levar...
Antes que o tempo me cale...
Sou exagero em carne e osso,
Poeta — sem manual, sem vale...
"P.S.: Se você ainda não leu o capítulo 14 da série de contos Entre a Vida e a Morte, corre lá conferir! Quem já leu garante: está imperdível!"