Saudade da Infância
Quando o dia amanhece em paz serena,
Abro a janela à luz da nova aurora.
No céu há nuvens — traço de uma pena —,
Mas flores brotam no jardim lá fora.
No fundo da memória inda ressoa
A infância doce, o tempo mais gentil.
Sinto o perfume da cidreira boa,
E a alma volta ao velho céu de anil.
No canto de minha mãe, a fé singela
Fazia o pão, o afeto e o café.
Cantava lindas canções, junto à luz da vela.
Saudades desse tempo vão e vêm...
Ali, fui tão feliz — tudo era belo.
O paraíso se chamava "além".
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