O NOVO EMPREENDIMETO DE SATO, lhe estava tomando muito tempo. Desde que tivera a reunião com os altos funcionários do laboratório, nos últimos dois dias, ele chegou a ficar até as duas da manhã em reunião com advogados e contadores, tentando fazer um balanço geral... verificando que unidades davam lucros e quais poderiam ser fechadas. Pois, quando lhe ofereceram o negócio, ele não verificara as finanças da empresa, pois, se tratava de um amigo que queria ir embora para a África, se dedicar a trabalhos filantrópicos, e, tinha urgência em vender a empresa. Mas agora, Sato precisava ter a real visão do empreendimento.
Para sua surpresa, depois de horas afio, várias xicaras de cafés e sanduiches, ele concluiu que havia feito um negócio excelente. Só na cidade São Paulo, a rede de laboratórios, contava com 35 unidades. Sendo vinte endereços, prédios próprios. As demais unidades, eram locadas, porém, suas receitas cobriam as despesas com boa margem de lucros. Havia também, filiais no Rio de janeiro, Mato grosso e Minas Gerais. Essas últimas apenas captavam as amostras para análise. O processo final era feito em São Paulo.
TODOS ESTAVAM envolvidos com os últimos preparativos para a inauguração. As 19h, os primeiros convidados começaram a chegar ao local. Sato com sua esposa, secretaria, seu advogado e esposa, estava sentado a uma mesa próximo ao palco. Os músicos tocavam Lá Barca.
Takeshi veio acompanhado por uma bela beldade. Quando ele adentrou ao salão de festas, a esposa de Sato, logo perguntou.
- Quem é a jovem com seu irmão?
Sato olhou na direção da entrada, para ver quem era a acompanhante de seu irmão.
- Não sei quem é, não a conheço.
- Boa noite a todos – disse Takeshi.
Todos a mesa se levantaram para cumprimentá-los.
- Desculpem, essa e Andrea, uma amiga.
Todos a cumprimentaram de forma efusiva. Depois dos comprimentos, um garçom acompanhou Takeshi e sua convidada a mesa reservada para ele.
As 20h, todos os convidados já estavam no local. Sato foi ao palco e pediu a atenção de todos. Depois de um breve discurso, no qual ele explanou a alegria de esta ali, com familiares, amigos e colaborados para comemorarem a nova aquisição. Ele concluiu com o que todos queriam ouvir.
- Sem mais delongas, comam e bebam à vontade, pois a festa é de vocês!
Para os federais, aquela festa era uma oportunidade de obterem informações importantes, pois, toda a família estaria presente a recepção, então, eles viram ali, uma boa oportunidade de obterem boas informações sobre o clã Nakamura. Para atingirem seus objetivos, eles contavam com três infiltrados. Andréa, um barman e um garçom.
Os diretores da empresa, pareciam estarem se divertindo. Sato e as esposa, depois de dado momento, passaram a irem as mesas de cada convidados, verificando se estavam todos sendo bem servido. Por fim chegaram à mesa onde estava Takeshi, sua amiga Andréa e alguns advogados do escritório Nakamura. Takeshi pediu a Sato que se juntassem a eles por um momento.
- A festa está ótima meu irmão, você caprichou. – Disse Takeshi – Está tudo muito bom, bebida de primeira, este úisque esta nota dez, desce com toque de seda. É o que, um Macallan é doze anos?
Sato esboçou um sorriso maroto.
- Não meu irmão. Dose anos é só para os convidados, para a família e dezoito anos.
Takeshi ergue o como, simulando um bride com o irmão e sorveu um gole generoso do líquido.
- Muito bom mesmo, você sabe como cuidar da família! E por falar em família, a minha amiga Andréa estava me dizendo que é formada em administração hospitalar, mas desde que se formou não conseguiu trabalho em sua área. Estive pensando, será que você não poderia dar uma oportunidade a ela.
- Talvez possamos ver alguma coisa. Passa na unidade da Pamplona na segunda feira, fala com o Carlos, diz que foi eu que à mandei.
Sato pediu licença, passou por mais algumas mesas, apertou mãos de conhecidos e colaboradores. Depois foi para a pista de dança, dançou umas três músicas com sua esposa
Já passava das vinte e duas horas quando Sato e os diretores foram embora. Haja visto, o anfitrião ter se retirado, os convidados foram se dispersando democraticamente. A meia noite todos já haviam deixado o salão de festas.