ENFIM, DEPOIS DA REUNIÃO com seu irmão Takeshi, Sato fora assinar o contrato de compra do laboratório de análises clínicas. Fizeram um tour na matriz durante a tarde.
No dia seguinte, já estava ansioso para começar os preparativos para comemorar a nova aquisição.
Naquela manhã ele teria uma reunião com a antiga administração da empresa para saber quem era quem, e, informar as novas mudanças na direção.
As nove em ponto Sato, acompanhado por sua secretária, advogado e Akime sua nova assistente, estavam estacionados no segundo subsolo do prédio, onde ficava a administração da rede de laboratórios. Eles se apresentaram na recepção. O informaram que a empresa tinha um escritório no segundo andar, ela ocupava todo o andar.
Sato agradeceu, seguiu com seus colaboradores para o elevador indicado pela recepcionista.
A sala da diretoria era enorme, havia uma mesa de reuniões para doze lugares. Com bandejas contendo água, chás gelado, refrigerantes e biscoitos amanteigado. O diretor executivo do laboratório os recebeu com calorosos apertos de mão, e, lhes indicou as cadeiras que deveriam serem ocupadas. Depois das apresentações. Passará a tratarem do assunto concernente aos funcionários que iriam permanecer e dos que seriam substituídos. Na verdade, gerentes, técnicos, médicos e contadores iriam permanecer em suas ocupações.
Enquanto a reunião transcorria, Sato vez por outra olhava ao relógio, pois aguardava a pessoa que iria ocupar o cargo de diretor executivo. Por fim ela batel a porta e adentrou.
- Com licença, senhoras e senhores.
Sato se levantou e os demais também.
- Entre querida – disse Sato, sendo seu lugar para sua sobrinha – Chika Nakamura, mina sobrinha. Ela será a nova diretora executiva.
Chika, embora filha de japonês, não tinha muitos dos traços orientais, já era terceira geração, e seu pai Takeshi havia sido casado com uma italiana quando mais jovem. Chika era filha do primeiro casamento. Fruto de um relacionamento que durara apenas dois anos e meio. Ela tinha, olho levemente puxado, era loira, 1,75 de altura, com um corpo de dar inveja. Ela malhava desde 14 anos.
Todos a observavam, com certa curiosidade, não sopor ele ter sido anunciada como a nova diretora executiva, mas pela beleza física que ela apresentava.
A reunião fora concluída meia hora depois.
Sato anunciou que seria feita uma recepção na próxima sexta-feira Espaço Paulista Promoções e Eventos, para celebrarem a nova aquisição. Todos os médicos, diretores e secretarias seriam convidados. Cada convidado poderia levar um acompanhante.
As demais informações, com endereço e horário, seriam passadas por e-mail.
AS VINTE HORAS Takeshi estava na cobertura do edifício Nova Aurora, uma obra do grupo S.C.I. que seria entregue no fim do primeiro semestre. O jovem Hacker chegou no horário. O hacker não era nada fora do comum, parecia um ser normal. Era negro, cabelos longos marrado em um rabo de cavalo, barba por fazer, vestuário despojado, bermuda de sarja, folgada demais, talvez uns dois números acima, camiseta, boné e tênis, alguns piercings, era um jovem skatista. Porém, falava num estilo controverso. Tinha um vocabulário de intelectual. A princípio, Takeshi ficou desconfiado, se seu associado indicara era porque o rapaz era barra limpa.
- Boa noite, sou Takeshi Nakamura.
- Boa noite, me chamam de Cinco centavos.
- Um nome apropriado na sua atividade, mas você deve ter um nome pessoal.
- Sim, Michael Delyon.
- Delyon, é um nome francês. Tem origem no nome Lyon, que vem do francês antigo e significa “feroz”. É um nome forte.
- É coisa da minha mãe que é neta de franceses.
- Dr. Toni te disse qual é o trabalho que preciso que você faça?
- Sim,
- E do que você precisa, para o trabalho?
- Um Ap. na cobertura de um condomínio, fechado. Para começar. Mas não pode ser um imóvel da empresa ou de alguém ligado à sua empresa. De preferência algo alugado.
- Ok. Me manda a lista de tudo que você precisa, algumas dicas de imóveis e localização...
- Já mandei uma correspondência com tudo que preciso. E mais doutor, sempre que precisar falar comigo, use um mensageiro, é melhor para ambos.
- E quanto ao seu preço, está tudo na lista que lhe envie, estará com sua secretaria amanhã até o meio-dia.
- Ok.
- Até breve doutor – disse Delyon já indo embora.
Takeshi ficou parado por alguns segundos, assimilando tudo que acabara de acontecer. Em seus trinta e cinco anos de profissão, aquela foi a reunião mais estranha e dinâmica que já tivera com alguém.
CONTINUA...