FelipeFFalcão

Contos versos e poesias

Textos


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A vida humana é sempre cheia de nuances. Nós nascemos sem saber o que nos esperam..., mas uma coisa é certa, a partir do momento em que o ser é gerado no ventre de sua mãe, já começa a morrer. Parece contraditório. No momento que uma vida está sendo gerada, os traços da morte já serem inserido também.

O pai de Welington nasceu em 20 de janeiro de 1948. Ele já nasceu sentindo a dor da morte.... por assim dizer, embora não pudesse sentir a dor, pois, era um recém-nascido.   Aos trinta dias de vida.... ele ficou órfão de mãe. Aos treze anos, teve o pai assassinado. Aos trinta e três, no ano de 1981, sua mãe de criação, também faleceu, o que lhe fez perder o chão. Quatro anos mais tarde, sua esposa o deixou, levando todos os filhos. Um ano depois, ele se casou com sua esposa atual.

Se fosse narrar toda a trajetória desse ser, um livro de mil quinhentas páginas não seria suficiente para compactar sua história.

A quatro meses a vida lhe entregou um último presente. Um de agnóstico de câncer, no pâncreas, fígado e estômago. A última batalha começou.

Talvez, dessa vez, ele tenha que jogar a toalha..., mas olhando sua aparência, ele parece estar feliz, com aspecto de quem não tem nada a reclamar da vida que teve. Teve muitas alegrias na vida. Uma delas, como ele diz, foi quando conheceu sua segunda esposa, e a outra quando nasceu seu primeiro filho do segundo casamento.

Mas a pergunta que não quer se calar é: por que a vida é tão breve?

Nem sempre a resposta é simples. A verdade é que tudo tem um porquê. Os evangelistas dizem que tudo começou com o pecado de Adão. Quando Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher, ele os colocou em um jardim, e os orientou a serem fecundos, terem filhos e encherem a terra. Todavia, veio o tentador, diabo e Satanás em forma de uma serpente, ele enganou Eva, o que resultou na imperfeição humana, por isso vivemos tão pouco. Em média 70, 80 anos e lá vão os viventes levados pela morte.

Nas constantes nuances da vida, as vezes nos deparamos com pontos de interrogações inesperados. Você fica procurando uma explicação, porém, parece não haver uma que seja plausível.

Faz uns quinze anos que Welington saiu dá casa dos pais. Para ter uma vida independente.  Serviu o exército, por oito anos.  Depois fez administração, o que por fim, foi tempo perdido, pois, escolheu ser detetive particular.

Embora longe de sua família;  Pois, seus pais moram em Mato Grosso e Welington em São Paulo - sempre mantivera certa medida de contato, por telefones, e-mails e mensagens, mas tudo mudou a quatro meses atrás, quando seu pai teve que vir para São Paulo para tratamento.
 
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Welington estava na sala de espera do aeroporto de Cumbica. Esperando sua mãe.  Seu voo estava atrasado, pois já passara 30 minutos e nada dela aparecer.

Welington estava na sala de espera do aeroporto de Cumbica. Esperando sua mãe, que vinha de Mato grosso para acompanhar o esposo, durante o período que iria ficar hospitalizado, entre cirurgia e recuperação.  

Seu voo estava atrasado, pois já passara 30 minutos e nada dela aparecer. Welington já estava aflito, pois, seu voo para Governador Valadares sairia em cinquenta minutos. Ele não queria partir sem ver sua mãe, sobretudo, não queria viajar a trabalho, sem dar a ela um abraço. Seu celular vibrou, no bolso da calça, era Jussara.

- Fala linda, o que aconteceu?

- Estou com sua mãe, ao telefone...

- Como!? se eu estou aqui no aeroporto, a esperando.

- Ela chegou às cinco da manhã e foi direto para o hospital, como ela não tinha o número de seu celular ela ligou para a academia.

- Entendi, passe meu número para ela, pois estou indo para Governador Valadares. Em barco em 40 minutos. Pede para ela me ligar.

- Está bem, tem previsão de quando volta?

- Não, estou seguindo uma pista de uma pessoa, pode ser breve ou não, mas diga a minha mãe que não se preocupe, se surgir alguma emergência eu volto imediatamente.

- O.k., boa viagem.

Continua,,,
Felipe Felix
Enviado por Felipe Felix em 16/08/2020
Alterado em 16/08/2020
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