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CIDADE DE SÃO PAULO – SP. TRÊS DIAS DEPOIS.
Já se passava das sete da manhã. Wellington estava deitado, ele havia ido para cama as três da madrugada, depois de ter tomando quase uma garrafa de uísque, ele simplesmente caiu na cama com a roupar que havia chegado da rua.
Ele dormia um sono profundo. O telefone tocava insistentemente. Por fim, ele acordou, meio perdido, tateando os bolsos da calça, do blazer e sobre a cama a procura do telefone celular, por fim, ele encontrou o aparelho embaixo do travesseiro e o levou ao ouvido, sem ver quem estava ligando.
- Alo! - disse com voz pastosa, - Alo!
Do outro lado, ninguém dizia nada. Wellington, afastou o aparelho do ouvido e olhou no visor para ver quem o estava ligando. Era número desconhecido.
Ele disse alo mais uma vez, mas não ouve resposta. Desligou e deixou o parelho cair sobre a cama. Pôs a as mãos sobre o rosto, respirou fundo e se levantou. Olhou entorno do quarto que estava uma bagunça.
O espaço compreendia em 40 metros quadrados. Um quarto, um banheiro, uma sala e uma pequena cozinha. A mobília era simples.
O quarto era composto por uma cama box, um guarda roupa embutido, uma TV de 32 polegadas suspensa no teto. Na parede da sala uma TV 54 polegadas, dois sofás de três lugares, uma mezinha de centro, um bar de canto e um som três em um. A cozinha era um cubículo de cinco por dois. Pia, fogão, um pequeno armário com algumas panelas, pratos, copos e talheres. Um balcão de mármore para fazer as refeições.
Tudo estava uma bagunça, como sempre o é o esconderijo de um homem que mora sozinho. Roupas pelo chão, pratos na pia, restos de congelados no forno micro-ondas.
– Cara você precisa mudar essa sua vida de merda – disse Welington a si mesmo.
Levantou-se e foi para o banheiro. Ligou o chuveiro, tirou as roupas que vestia e pôs no cesto de roupas sujas. Entrou debaixo do chuveiro e deixou a água cair sobre seu corpo, da cabeça aos pês.
De banho tomado, vestiu roupas limpas, foi para a sala, ligou o som, deu uma olhada nos inúmeros discos de vinil ao lado do aparelho de som. Pegou um disco de Barry White, o colocou no aparelho para tocar. Let The Music Play invadiu a sala, ele foi para cozinha preparar seu desjejum, cantarolando a letra da canção.
Ligou a cafeteira, enquanto ela passava o café, ele pegou na geladeira, algumas fatias de queijo, dois ovos. Fechando a porta da geladeira com o calcanhar, pegou um pacote de pão de forma no armário, pôs tudo sobre a pia. Olhou para a frigideira que estava sobre o fogão, ela estava suja de gordura do hambúrguer que ele havia fritado no dia anterior, para não perder tempo lavando-a, ele pegou duas folhas de papel toalha e passou no interior dela. Devolveu-a ao fogão, acendeu o fogo, quebrou os ovos na frigideira, quando eles estavam duros, ele os virou e, pois, algumas fatias de queijo sobre eles. Tendo derretido o queijo, dividiu a mistura em duas partes e pôs cada uma sobre fatias de pão, em seguida acrescentou outra fatia sobre cada parte. Pôs os sanduiches em um prato e os levou para o balcão, serviu-se de uma xicara de café. Sentou-se ao balcão e comeu o desjejum.
Depois do desjejum, escovou os dentes, fez gargarejo com anticéptico bucal, pegou a mochila com a roupa de academia e saiu para academia, que ficava a um quilometro do ap.
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- Bom dia Jussara – disse Welington ao pressionar o indicador sobre o leitor biométrico – você está linda hoje!
- Bom dia Welington, vai malhar para ver se você consegue drenar o álcool de suas veias, pois, pelo que soube, você tomou todas ontem. Você precisa pegar leve...
- Irei pegar leve quando você aceitar se casar comigo.
- Vê se se enxerga menino, leite está caro e eu não ganho tão bem aqui... vai malhar que é o melhor que você faz.
-Está bem minha deusa! – disse ele subindo a escada.
- Há, antes que eu me esqueça, você tem uma reunião com os candidatos para professores de musculação e natação, as doze horas e as quinze horas, com o pessoal dos uniformes.
- Ok, muito obrigado Jussara.
Welington foi para a sala de musculação, correu trinta minutos na esteira. Transpirava feito um cavalo puro sangue depois de uma corrida. Ele fez braços e pernas. Tomou uma ducha, quando entrou no vestiário, seu celular tocou. Ainda enrolado na toalha, ele olhou no visor antes de atender, era número desconhecido, porem diferente do anterior. Ele atendeu.
- Alo!
- Sr. Welington, da W.C. INVESTIGAÇOES?
- Sim.
- Eu fui ao seu escritório ontem, mas estava fechado.
- Sim, só atendo de segunda a sexta. Das 10hs – 13hs, como descrito na porta.
- Me desculpe por ligar, é que preciso dos seus serviços com certa urgência.
- Ok, me encontre no escritório em meia hora.
Welington, pôs o telefone sobre o banco, vestiu-se e desceu. Ao passar pela recepção ele disse a Jussara.
- Estou indo para o escritório, vou encontrar um cliente, caso eu não volte a tempo para entrevistar os candidatos. Peça o Thor para entrevistá-los.
- Está bem, eu digo a ele.
- Tenha um bom dia minha linda.
- Ah! Vai logo, sai logo daqui, e leve seus elogios baratos.
Welington saiu porta afora. Jussara o ficou observando até ele entrar no carro.
Continua...