Parte II
CHEIRO DE SANGUE
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Trinta anos depois. Cidade de Governador Valadares – MG.
O sol estava inclemente, era meado de fevereiro, o verão estava terminando. No sistema de comunicação do avião, o comandante avisa:
- Senhores passageiros, quem fala é o comandante, queiram afivelar seus cintos, desligar seus aparelhos celulares e notebooks, pois, estamos chegando em Governador Valadares. Em instante iniciaremos a aterrisagem.
Cláudio olhou pela janela do avião, lá embaixo, via-se diminutas casas e prédios, o cemitério Santa Rita se destacando em meio as casas, tendo a linha de trem como divisor, entre as casas, o aeroporto e o cemitério.
Minutos depois, ele e todos na aeronave sentiram um leve solavanco, quando os pneus do trem de pouso tocarão na pista. Não muito tempo depois ele estava desembarcando no aeroporto.
Ao chegar à saída do aeroporto, um homem já na casa dos 40 e tantos anos, estava com uma placa escrito.
“CLÁUDIO PETERSON!”
Cláudio se apresentou. O motorista o mirou de alto a baixo. Gesticulou com a cabeça para que Cláudio o acompanhasse. Na área de embarque e desembarque, um Land Rover preto os aguardava, atrás do volante estava um negro enorme, tão forte quanto o ator Dwayne Johnson. Este o encarou com ar de desconfiado. Cláudio sentiu que estava suando frio, pois tudo parecia muito estranho naquela convocação inesperada por parte de seu cliente.
Cláudio era advogado o contador do empresário Klaus Kofer a trinta anos, sempre falavam por telefone ou pessoalmente, quando Klaus vinha a São Paulo ou nas confraternizações de fim de ano, mas agora, Cláudi0 foi convidado a comparecer na fazenda do homem. Cláudio não sabia o porquê daquela convocação, coisa que não acontecia a trinta anos. Todavia, Klaus era um dos seus melhores clientes, então, não podia deixar de atender ao chamado de sua maior fonte de renda. Até porque, Klaus sempre foi generoso com Cláudio, sempre depositando um extra bem generoso, para que ele fizesse vista grossa sobre determinados valores, sem pedir explicações.
<<~>>
O veículo havia saído da cidade a uns quarenta minutos. Eles saíram da estrada principal e adentrou a uma estrada de terra. Vez por outra, o veículo dava pequenos saltos, devida as irregularidades da estrada.
Pelo retrovisor, tudo que se via era uma densa nuvem de poeira vermelha ficando para trás, afrente se via o horizonte de um céu azul, sobre o sol escaldante. No interior do veículo, a temperatura era 20º mantido pelo ar-condicionado, mas do lado de fora, provavelmente estava uns 38º para mais. Cláudio tirou a gravata, e, a pôs na pasta que trazia sobre os joelhos, protegendo-a com as mãos, como se em seu interior houvesse algo de muito valor. Seus companheiros de viagem, apenas permaneciam-se sisudos, calados, as vezes parecia que eles nem eram humanos, mas sim, robôs controlados a distância, agindo sobre o comando de alguém.
A viagem durou duas horas e meia, passaram por duas cidades pequenas que mais pareciam vilarejos. Rodaram por estradas esburacadas. Por fim, chegaram ao destino. O carro parrou em frente a uma porteira enorme... madeiras todas pintadas de branco com um arco dourado em forma de ferradura no centro. O acompanhante do motorista saltou do carro e foi abria a porteira. Após o veículo adentra a sede. Eles ainda rodaram uns quintos metros, porém, era como se estivessem flutuando, o carro não dera um solavanco se quer até para a frente de um casarão de três andares, estilo colonial, que mais parecia um castelo.
Continua...