Entrei no trem sem direção,
Sem saber pra onde vou...
Sentei quieto na estação,
Só deixando o tempo passar...
Olhei pros lados, vi gente demais,
Cada um com seu olhar distante.
Acreditando, como eu também cria,
Que o destino era o mesmo pra toda a gente...
Mas a vida é só um sopro,
Um trilho que não dá pra voltar...
Cada parada tem seu preço,
E às vezes é preciso deixar pra lá...
Vi tantos rostos indo embora,
Outros chegando no vagão...
Mas eu não me prendo à hora,
Nem ao peso da emoção.
Sigo firme nessa viagem,
Mesmo sem mapa ou direção,
Com a alma feita de coragem,
E o coração na contramão...
Porque a vida é tão efêmera,
E o tempo nunca vai parar...
Resiliente, sigo em frente,
Esperando o trem me avisar...
Ooooh... yeah...
Quantos amores ficaram pra trás?
Quantas promessas o vento levou?
Mas sigo firme, sem olhar pra trás...
O fim do trilho... ninguém avisou...
E se um dia eu tiver que descer,
Que seja com alma em paz...
Pois no trem da vida eu fui inteiro,
Mesmo nas curvas mais voraz...
Tô no trem da vida,
Esperando minha vez de descer...
P.S.: Se você ainda não leu o capítulo 26 da série de contos Entre a Vida e a Morte, corra lá e confira! Quem já leu, disse que está impecável.