Saudade no Peito (Letra no estilo MPB – suave e intimista)
Ah, essa saudade miúda,
Que chega sem bater,
Vai roendo devagar,
Sem ninguém perceber.
Lembrança dos dias serenos,
Que ficaram lá pra trás,
Feito cheiro de café
E conversa de paz...
Pela janela entreaberta,
Vejo o frio se espalhar,
Mas aqui dentro há um lume,
Que insiste em me abraçar.
São memórias tão serenas,
Com um gosto de quintal,
Feito retrato amarelado
De um tempo especial...
Saudade vem,
A gente sente,
Mas também aprende a ouvir...
Ela fala baixinho:
“Teu passado é raiz.”
A vida passa,
Feito vento,
Mas deixa flores no jardim...
Vive o hoje com verdade,
Que o amanhã cuida de mim...
Calma, coração cansado,
Nem toda dor é castigo.
Tem lembrança que consola
E anda sempre contigo...
Saudade vem,
A gente sente,
E aprende até a sorrir...
Cada riso, cada história
Vira estrela a reluzir...
A memória é nosso canto,
Nossa forma de existir...
Vive o hoje com ternura,
Que o amor há de seguir...
Inspirado no belo poema, AS DUAS FACES DA SAUDADE, da nobre poetisa Sonya Azevedo
P.S.: Se você ainda não leu os capítulos 24-25 da série de contos Entre a Vida e a Morte, corra lá e confira! Quem já leu, disse que está impecável.